O que é GRI e como preparar seu relatório de sustentabilidade

Nos últimos anos, a sustentabilidade deixou de ser apenas um diferencial e passou a ser uma exigência estratégica para empresas de todos os setores. Demonstrar transparência, responsabilidade socioambiental e boas práticas de governança não é apenas uma obrigação ética, mas também um fator competitivo. Nesse contexto, o Global Reporting Initiative (GRI) se destaca como uma referência global para empresas que desejam comunicar seus impactos e desempenho em sustentabilidade de forma clara e confiável.

Por Vitória Costa e Reynald Magri  

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Fonte: freepik.com

Benefícios do GRI para as empresas

• Credibilidade e reconhecimento internacional: Relatórios GRI são amplamente aceitos e reforçam a imagem da empresa como responsável e transparente.

• Melhoria na tomada de decisão: A análise de indicadores de sustentabilidade permite identificar riscos e oportunidades estratégicas.

• Relacionamento com stakeholders: Facilita o diálogo com investidores, clientes e parceiros sobre desempenho socioambiental.

• Conformidade regulatória: Auxilia na adequação a normas e legislações que exigem relatórios ESG.

Como preparar seu relatório de sustentabilidade segundo o GRI

A criação de um relatório GRI exige planejamento, coleta de dados confiáveis e foco em temas materiais. Confira os principais passos:

1. Defina o escopo e objetivos

Determine quais áreas da empresa serão incluídas, quais impactos serão monitorados e quem são os stakeholders prioritários. Um escopo bem definido orienta a coleta de informações relevantes e torna o relatório mais estratégico.

2. Identifique os temas materiais

A materialidade é um conceito central do GRI. Ele indica quais aspectos têm maior impacto para a empresa e seus stakeholders. Para definir os temas materiais, considere:

• Entrevistas e pesquisas com colaboradores, clientes e parceiros;

• Avaliação dos impactos diretos e indiretos da empresa;

• Tendências de mercado e exigências regulatórias.

Focar nos temas materiais garante que o relatório seja significativo e útil para os leitores.

3. Colete e organize dados

Relatórios GRI exigem informações quantitativas e qualitativas confiáveis, como:

• Consumo de recursos naturais (água, energia, matéria-prima);

• Emissões de gases de efeito estufa;

• Indicadores de diversidade e inclusão;

• Investimentos sociais e impactos na comunidade.

O uso de softwares e ferramentas de gestão ESG ajuda a padronizar e organizar os dados de forma eficiente.

4. Escolha os padrões GRI aplicáveis

O GRI oferece padrões universais e específicos por tema:

• GRI 101 – Fundamentos: Princípios gerais do relatório;

• GRI 102 – Conteúdo geral: Informações institucionais e governança;

• GRI 200/300/400 – Temas econômicos, ambientais e sociais: Indicadores específicos de desempenho.

Selecionar os padrões corretos assegura que o relatório seja completo e comparável com outras empresas.

5. Redija e publique o relatório

A redação deve ser clara, objetiva e transparente, destacando resultados positivos e desafios enfrentados. O relatório deve ser acessível e compartilhável, disponível no site da empresa, redes sociais e apresentações a investidores.

6. Revise e melhore continuamente

O relatório GRI não é apenas um documento anual; ele deve ser usado como ferramenta de melhoria contínua. Revisar indicadores, ajustar metas e implementar ações corretivas fortalece a estratégia de sustentabilidade da empresa.

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